dezembro 13, 2008

Comentadores convenientes ou a Conveniência de certos comentadores



Pululam como cogumelos os comentadores do regime, os especialistas nisto e naquilo, prestidigitadores de sondagens e de indicadores, escrutinadores de duas ou três frases, os palpitadores de tudo e de coisa nenhuma, os interpoladores e extrapoladores, os anti neo e anti caps e anti EUA e os ilusionistas que disfarçam e escondem o óbvio .

Sentam-se alguns em mesa redonda outros numas mesas arredondadas, põem de vez em quando um ar sério, franzem o sobrolho para fingir arrelia, dizem barbaridades sem se ruborizar e tratam por tu os entrevistadores, simulam surpresa perante perguntas combinadas e fintam com mestria as inconvenientes. Citam uma ou outra frase, mesmo que com relação vaga com o tema em discussão, de um qualquer livro que leram na noite anterior. Recolhem o cachet e partem com enorme vontade de voltar para dizer o mesmo. Outros escrevem colunitas de jornal que ficavam melhor no obituário enquanto usam casas que deviam ser para os mais necessitados.

Habitam de forma selvagem tudo quanto é TV desde o Jornal da Manhã ao Jornal da Noite, sem contagens de tempo, mas ... coitadinhos. Apesar de bem treinados metem dó e continuo a preferir um espectáculo com palhaços de um Circo Ambulante de natureza familiar que periodicamente assenta arraiais perto de mim.

No circo compro o algodão doce, a bandeirinha e o brinquedo apenas se quiser e vejo os palhaços.

Para a TV tenho que pagar taxas de audiovisual e outras mesmo que não esteja interessado no produto. Mas afinal sou eu que faço de palhaço!

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