dezembro 05, 2008

Ruína de cima a baixo


No Zimbabwe, país a caminho do qual foi interceptado recentemente um barco chinês carregado de armamento, a situação é de descalabro total. Não há dinheiro para tratar a água e apareceu a cólera. Todos os hospitais fecharam e as autoridades também fecharam a distribuição de água para ajudar à festa. O povo, mergulhado numa pobreza que nunca tinha sentido, que já não sabe fazer as contas da inflação, que vê o dinheiro valer menos que papel higiénico, que tem 90% de desempregados e que já cavava o chão para encontrar bichos e intragáveis raízes para comer, agora abre buracos para encontrar água fétida e matar a sede. Mugabe e o seu regime colectivista, com alguns amigos em Portugal, lá continua no palácio luxuoso como se nada fosse e, decerto, a blasfemar contra o Reino Unido nem que não tenha ninguém para o ouvir em breve (a não ser os bufos e generais do regime que com ele engordam contas bancárias).
No Sudão o regime islâmico de Omar Bashir continua o genocídio no Darfur matando crianças, mulheres e homens de forma sistemática. Estes massacrados são apenas os mais pobres dos mais pobres, os mais fracos dos mais fracos, os mais indefesos dos mais indefesos. A China e a Rússia acham tudo normal.

A Cúpula do artista progressista (não capitalista) Miguel Barceló, que à custa de tanto talento embolsou alguns milhões para fazer pirraça à grossa maquia colectada -1.2 milhões- em terras do Tio Sam pelo intrépido e não menos progressista juiz Baltazar Garzon, está a cair aos bocados passadas apenas 2 semanas. O pessoal da ONU em Genebra, já preocupado com a Aliança de Civilizações e os Direitos Humanos, anda em pânico para encontrar um capacete de construção civil, não vá tanta criatividade afectar a caixa craniana do Secretário Geral, que vai em breve admirar a Capela Sistina do Século XXI.

Mas tanto a ONU como Zapatero (que gastou 20milhões nesta cúpula) ainda festejam obras inúteis que ofendem quem precisa. Hipócritas outra vez!! Como diz uma artista do circo em que todos vamos vivendo “isto agora não interessa nada”.
Se acreditasse que Deus tinha interesse nestas pequenas vaidades dos homens diria que o desmoronamento era uma graça divina, para ajudar estas almas a ver o sofrimento dos seus semelhantes. Mas julgo não ser suficiente. Durmam bem …

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