setembro 30, 2012

As Hienas

A palidez dos cortes nas Fundações, que não tocou na mais importante que é a da "Promoção e Financiamento Integral do Aborto a Pedido", trouxe as habituais "indignações" e "surpresas".

  • A Fundação Mário Soares levou apenas um corte de 30%. Mário Soares é um político profissional com uma vasta propriedade imobiliária (no mínimo), goza de regalias vitalícias do Estado e grande parte do espólio que guarda foram dádivas (que tomou como suas) de quando exercia as funções de mais alto Magistrado da Nação.
  • A Fundação José Saramago, cujo mentor se exilou amuado em Espanha por não permitirem que uma obra sua de gosto duvidoso fosse promovida à custa do Estado, recebe igualmente prebendas de outras fontes. O ofendido escritor, saneador de serviço pós 25 de Abril e bastante acomodado quando colegas escritores foram perseguidos por camaradas de peito, também governou bem a sua vidinha de um rochedo bem longe do fisco Português mas regressava à Pátria quando esta lhe interessava. 
  • A artista Paula Rego, dona de uma arte que valha-me Deus, leva igualmente uma vidinha confortável longe do solo pátrio, e do Fisco Português, em terras muito mais ricas que a nossa.  No entanto também tinha a sua Fundação financiada pelo Estado Português e o corte deixou-a "surpreendida".
  • Os autarcas, reunidos em Associação, têm estrebuchado com os cortes e fazem ameaças. Longe vão os tempos das formidáveis Fontes Luminosas (agora secas e com o material a decompor-se), Espelhos de Água, cascatas, Estádios, formidáveis Pavilhões, centrais de transportes e as famigeradas "requalificações".


Ainda há quem se queixe de um Empresário que gera riqueza e emprego em Portugal mova a sua sede para outro país e defenda quem vem aqui arrancar uns nacos ao orçamento.

"É com este metal que El-Rei de Portugal paga os seus impostos" disse Afonso de Albuquerque  a uns oportunistas apontando um amontoado de espadas a seus pés.


Sem comentários: