Desculpem o mau jeito, mas num ponto Nietzsche tinha razão: os
cristãos são frouxos. Crônica e irremediavelmente frouxos. Durante cinco
séculos os muçulmanos foram invadindo país atrás de país, tomando meia
Europa e chegando às portas de Roma com a intenção de derrubar o Papado.
A cristandade reagiu com tentativas anárquicas de tomar UMA SÓ CIDADE —
Jerusalém — e nem sequer chegou a pensar em invadir a Meca para acabar
com o islamismo. Os cristãos de vários países assistiram
de camarote à Revolução Francesa, não deram uma ajudinha sequer aos
rebeldes católicos da Vendéia e só se juntaram depois, contra Napoleão,
justamente o sujeito que, de boa ou má vontade, havia salvado da
extinção o catolicismo francês. Na Guerra Civil Espanhola, não fizeram
pelos combatentes católicos um milésimo do que a esquerda mundial fez
pelos comunistas. Na II Guerra só conseguiram derrotar o nazismo
deixando a maior parte do serviço para os comunistas, ante os quais
depois se prosternaram vergonhosamente.
Que gente é essa, meu Deus?
*
Cristãos valentes, que eu saiba, só houve em Portugal, na Espanha, na Hungria e na Polônia. No resto do mundo, uma multidão de boiolas.
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