Era uma culigação de dois homens: muito felizes fora da sua heteronormalidade. Queriam ter um filho e arranjaram uma barriga de aluguer à socapa: uma garota com um útero funcional.
A garota teve a criança mas, claro, afinizou-se à filha. Afinizou-se à filha, à boa vida e a uma das partes da culigação. O inaceitável, o blasfemo, o impensável, aconteceu: uma das partes, dando largas à natureza, enrolou-se com a garota. O sacana enganou o marido com uma mulher!
O marido atirou-se furioso ao marido -melhor dizendo ao sacana- e logo lhe atirou que a filha de ambos, ou seja da garota, ou de todos ... talvez, era material genético dele pois o marido melhor dizendo o sacana- não era fértil. Acabou, ao abrigo da inaceitável genética tão vilipendiada por aí, por levar a filha dele (do marido ou de todos) fazendo valer a paternidade biológica sobre a paternidade de afectos e de quem ama, deixando grande tristeza e recriminações nas traseiras.
Hoje o marido traído deixou, para grande consternação minha e da malta, a aliança da culigação em cima da secretária do marido traidor. Aguarda-se indignação da comunidade LGBT e afins.
É assim a novela da TVI. Não percebem que acabam por ridicularizar tudo o que promovem.
Sem comentários:
Enviar um comentário