Só um bocadinho:
deveriam antes dar valor a obras mais sérias como a de Pinchas Lapide, que foi cônsul-geral de Israel em Milão e que documentou "como Pio XII conseguiu que, pelo menos, 700 mil judeus não caíssem nas mãos dos nazis". E prosseguiu: "(Pio XII) Não ficou em silêncio, falou em alta voz contra Hitler e quase todos viram nele um opositor do regime nazi". Durante o período em que a Itália foi invadida por tropas nazis, especialmente em Roma, "Pio XII deu secretamente instruções ao clero católico para que salvasse todas as vidas humanas possíveis, com todos os meios. Deste modo, salvou milhares de judeus italianos da deportação", e, segundo dados, pelo menos 3000 judeus ficaram abrigados na residência papal de Castel Gandolfo.
Também muitos outros judeus, dos quais se destacam o famoso Albert Einstein - que disse à revista Time em 1940 que "Somente a Igreja ousou opor-se à campanha de Hitler de suprimir a verdade" -, entre outros como Golda Meir - que disse "Quando o martírio mais terrível se abateu sobre o nosso povo, durante os dez anos do terror nazi, a voz do Pontífice levantou-se em favor das vítimas" -, Isaac Herzog, Alexandre Safran ou Eugenio Zolli, chegaram a sair, naquele tempo, em defesa do Pio XII. "É uma ironia lamentável que a pessoa que, em toda a Europa ocupada, tenha feito mais que qualquer um para conter esse crime horrível e atenuar as suas consequências tenha-se tornado o bode expiatório pelas falhas alheias", afirmou outro historiador judeu, Jeno Levai. Também o fundador e presidente da Fundação Pave the Way, Gary Krupp, que cresceu em Nova Iorque, defendeu o Papa italiano dizendo que a sua fundação publicou mais de 76 mil páginas de documentos originais que incluem reportagens, material impresso e entrevistas em vídeo sobre a Segunda Grande Guerra e que concluíram que Pio XII de facto salvou muitos milhares de vidas. "Alguém pode perguntar: por que essa 'lenda negra' nunca foi corrigida em todos estes anos? Afinal, factos são factos.
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