outubro 16, 2016

É hora de falar de armas

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A mídia engana demais. Como exemplo, posso citar os casos de tiroteios em escolas americanas, que são tratados como a coisa mais mortífera do mundo. Se você pegar qualquer ano como exemplo, de 1995 até hoje, o número de estudantes mortos em ataques como esses é menor que o número de estudantes mortos por esforço excessivo nas práticas de educação física.

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Em casa é a mesma coisa: quando uma criança morre por um disparo acidental da arma de seus pais, vira notícia no mundo inteiro; mas não há nem uma menção sequer às mortes por ingestão de produtos de limpeza, que acontecem 90 vezes mais que as mortes com armas.

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Muitas pessoas morrem pelo uso de armas, mas muitas mais vivem por causa delas – as armas que matam são apenas as que estão nas mãos de criminosos – e todo mundo sai pedindo seu banimento generalizado. Um estudo recente da Universidade de Chicago sobre o uso defensivo de armas mostrou que em 99% dos confrontos com criminosos a pessoa só precisa sacar a arma para assustar o bandido e impedir o crime, e que menos de 0,1% dos crimes com armas de fogo foram cometidos por cidadãos que possuem uma arma legalizada.
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Há dezenas de relatos de situações semelhantes, em que um civil armado evitou diversas mortes ao abater um atirador; infelizmente eles são deixados no limbo pelos jornalistas militantes do desarmamentismo. E as zonas onde não se permite o porte oculto de armas curtas continuam sendo os alvos preferidos dos maníacos, terroristas e malucos em geral. Afinal, qual é a dificuldade de se infringir uma pequena proibição para quem já planeja o pior dos crimes

Flavio Quintela é escritor, jornalista e tradutor. É autor dos livros “Mentiram (e muito) para mim” e Mentiram para mim sobre o desarmamento”.

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